quinta-feira, 24 de setembro de 2015

4º dia no Quarto - Alta do hospital

Como nos outros dias acordei muito enjoada, com a cabeça rodando, a pressão baixa e com muitas náuseas, mas dessa vez não vomitei.

Tomei café da manhã e depois um banho. Só que como nos outros dias sentada. Fiquei pensando como ia tomar banho em casa....

Fiquei lá quietinha esperando a alta médica. Foi o dia mais longo de todos. As horas não passavam. 

Almocei. 

O médico assistente do Dr. Marcus, o Dr. Alexandre Roberto Aprile, foi lá me visitar. Disse que eu estava com anemia e receitou duas bolsas de sulfato ferroso para eu tomar antes da alta médica. 

Parecia que estavam injetando coca-cola em mim...rs

Conforme a medicação ia entrando na minha corrente sanguínea eu ia me sentindo melhor. Meu estado geral melhorou muito. Só que de tudo que tomei no hospital, essa medicação foi a que mais demorou. 

Minha mãe já tinha feito as malas, marido e filha ansiosos para a minha saída e aquilo pingando devagarzinho, devagarzinho...

O Dr. Alexandre conversou longamente comigo e com o meu marido sobre os cuidados que precisaríamos ter em casa. Ele receitou vários medicamentos e deixou a papelada para a minha alta assinada.

Basicamente eu não poderia abaixar, pegar peso e rotacionar o tronco. Assim parece fácil, mas na prática....

Tomei café da tarde e nada da medicação acabar.

Quando a bendita medicação acabou, chamamos a enfermeira Mércia e ela ajudou a me preparar para sair do hospital. 

Minhas calças não entravam. Voltei com uma calça da minha mãe. Sutiã nem pensar. Aliás, só de pensar em colocar eu já sentia dor. O jeito foi voltar com uma blusa preta bem larguinha e como estava frio eu coloquei um casaco por cima. Peitolas sem sutiã devidamente escondidas! 

A Regiane me orientou a ficar atenta com os calçados. No hospital eu só usei chinelo havaiana, porque ficava firme no pé e para ir embora fui de tênis. Cair ou tropeçar era assustador demais.

Chegou um enfermeiro com uma cadeira de rodas. Dei o maior rolê pelo hospital. Do quarto onde estava até o estacionamento onde estava nosso carro era bem longe. 

Antes de partir me despedi da equipe que tinha cuidado de mim. Todos foram maravilhosos. Muita gratidão por eles! 

Marido colocou um travesseiro no banco da frente e me ajudou a entrar no carro. Foi um tanto complicado, mas conseguimos. Ele passou o cinto de segurança em mim, filhota se ajeitou atrás e lá fomos nós.

Antes de pegar a estrada passamos na casa da Tia Pi (que é bem próxima ao hospital). Ela ficou na portaria do prédio esperando. Nem descemos do carro. Só queríamos agradecer tudo o que ela tinha feito por nós. Eu fiquei muito emocionada quando disse pra ela "estamos voltando para casa"

E pegamos a estrada. Dentro da cidade foi meio doloridinho, apesar de todo o cuidado do meu marido em dirigir, mas na estrada foi mais tranquilo.

Chegando em Campinas precisávamos passar em uma farmácia para comprar a medicação que o Dr. havia receitado e que eu precisava começar a tomar imediatamente, pois os efeitos dos remédios que havia tomado no hospital já tinham passado e as dores chegavam com tudo. Além disso eu estava com fome.

Marido passou na casa da minha sogra (que é bem perto da minha casa e da farmácia também). Eu e a Quel ficamos lá, enquanto ele foi comprar os medicamentos. 

Cheguei e já fui procurando a cama da sogra. Foi bem difícil deitar. Fiquei lá deitada até a minha sogra terminar a sopa que estava no fogão me esperando. Ela me ajudou a levantar da cama e me deu a sopa (na boca porque era doloroso demais tomar sozinha). Estava terminando de tomar, quando marido chegou. 

Fomos para casa. E nada como chegar em casa. Que alegria! Que emoção!

Saí de casa com o coração cheio de esperança e voltei com ele cheio de gratidão. O pior já tinha passado. Obrigada, Senhor!

Chegando em casa, marido me ajudou a colocar o pijama e a escovar os dentes. Me deu os remédios que eu precisava e eu dormi algumas horas.

Acordei de madrugada para tomar a medicação e fazer xixi. Levantar e deitar na cama sozinha era muito dolorido, então meu marido me ajudava.

Do mesmo jeito que no hospital eu não tinha força para acionar a torneira e a descarga. Estava dependente para tudo.

(a única coisa que eu conseguia fazer sozinha era me limpar no banheiro! Ufa! Pelo menos isso!)











































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