terça-feira, 6 de outubro de 2015

4ª semana em casa

Sarei da faringite, o tempo esquentou e meu estado geral melhorou muito!

Voltaram as aulas da minha filha e com isso eu passei a ficar sozinha no período da tarde. Basicamente eu passava as tardes assistindo seriados ou lendo.  

Como ainda não podia abaixar quando algo caia no chão - e isso acontecia com uma frequência cada vez maior  - eu pegava com o pé ou deixava lá até uma alma caridosa pegar pra mim! 

As dores amenizaram. Um comprimido de dipirona voltou a resolver a situação. 

A fadiga continuava. A dor no omoplata melhorou um pouco. Espirrar continuava sendo tenso. 

Deitar de lado, virar e levantar na cama começou a ficar um pouco mais fácil. Fiquei menos robô.

Já conseguia tomar banho sozinha e me vestir. Só precisava de ajuda para lavar a região da cicatriz e colocar os sapatos.

A única tarefa doméstica que fazia era o café. Ainda assim porque era na cafeteira elétrica e eu só precisava colocar o pó e a água.

:)

Passei a fazer 20 ou 25 minutos de caminhada por dia.

Consegui ir na missa e jantar no shopping, mas sempre com o travesseiro no carro e levando meu travesseiro inflável para todos os lugares. As pessoas ficavam olhando, só que eu não estava nem aí. Em primeiro lugar meu bem estar.

Fui de enfeite no supermercado. Meu marido e filha fizeram as compras e eu só acompanhei os dois. 

Minha filha passou mal e precisou vomitar algumas vezes e eu sem pensar acabava me abaixando para socorrê-la e com isso fiquei com dor uns dois dias. Mãe é mãe não tem jeito. Dipirona e repouso me deixaram melhor. 

Para fechar a semana fui na minha consulta de um mês com o Dr. Marcus. Levei chocolates e um coração cheio de gratidão. Agradeci por tudo que ele tinha feito por mim e disse que estava muito feliz com o resultado. Ele, sempre gentil e humilde, me deu um sorriso acanhado e abaixou os olhos dizendo que apenas tinha feito seu trabalho. Eu retruquei "e que trabalho, hein?! Não é para qualquer um sair abrindo as costas dos outros, colocando uns parafusos e mudando toda uma vida, hein?! Hein?!". Ele sorriu novamente.

Um lorde esse Dr. Marcus! E eu uma ogra! Uma ogra bocuda e feliz! :P

Ele viu meu Raio X e meu exame de sangue. Confirmou que a anemia acabou e suspendeu o ferro que eu estava tomando. Disse que tudo que eu estava sentindo era normal e que a partir do segundo mês os incômodos iam diminuir bastante. Especialmente na região do omoplata. Essa parte tinha sido muito mexida e por isso eu sentia tanto.

Ele viu minha cicatriz e disse que a cicatrização estava muito boa. Fez novamente a recomendação de não pegar peso, abaixar e rotacionar o tronco. Perguntei se já estava liberada para alguma atividade e ele disse que apenas caminhada. Uma hora por dia. E liberou subir e descer escada. Com moderação. 

Isso foi ótimo porque para chegar na portaria do meu condomínio eu precisava dar o maior rolê por meio das rampas de acesso. Com a liberação, bastava subir e descer uma escadinha.

Tudo o que eu não tive coragem de perguntar antes da cirurgia eu perguntei nessa consulta. Aí fiquei sabendo que "o barato é louco!!". Furaram minhas vértebras, colocaram parafusos e cimento ortopédico misturado com meus ossinhos dos bicos de papagaio triturados. Punk, não?!

Aí eu perguntei porque eu sentia dor na região abdominal e ele disse que era por causa da posição que fiquei durante a cirurgia. E imagino que por causa da pressão também, né?! Pensa no médico lá furando suas vértebras? Nada delicada a cirurgia, hein?! Jesus!

Como disse um amigo do meu marido: "sua esposa é bruta!". 

Esqueci de perguntar com quantos graus eu fiquei. Agora saberei só na próxima consulta que será no dia 10/11/2015. Se bem que pra mim não faz diferença nenhuma, mas tenho curiosidade em saber.

Fui na perícia do INSS. O médico disse que ia me afastar do trabalho, mas não disse por quanto tempo. Meu médico disse para eu ficar seis meses em casa. 

E assim completei um mês de cirurgia. Ufa! 














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